A Galeria Murilo Castro está muito orgulhosa da exposição “Tramas”, que apresenta parte da obra do grande Arthur Piza, até dia 12 de abril, em Belo Horizonte. Na mostra, estão algumas gravuras, que consagraram o artista com inúmeros prêmios, sendo considerado o maior gravurista dos últimos 600 anos.
Colagens também estão presentes, como define Paulo Sérgio Duarte: “As experiências com cores sem oposições cromáticas violentas, o elogio da delicadeza, realçada nas operações de corte e recorte do papel, e os inúmeros exercícios com aquarelas são os desdobramentos alegres, livres de maiores angústias, de soluções formais encontradas pelo artista que sabe, como poucos, sofrer a pressão da história e dos movimentos artísticos, mantendo a independência e um elevado grau de individualidade da sua linguagem”.
E as tramas, seu trabalho mais recente. Nas palavras do galerista francês Jean François Jaeger: “Aqui o que vemos é o material que se dobra para chegar à harmonia, que procura a respiração na espessura do entrançado e sua flexibilidade e transparência para nos convidar a explorar, segundo as possibilidades de cada um, um espaço mágico”.
“Tudo o que suas gravuras revelavam de energia, fineza, sensualidade está intacto nesses transes mediúnicos. Em geral pequenos, e como obrigados à modéstia, eles concentram todo tipo de energia, às vezes como efígies que revelam, porque em contração, a monumentalidade da concepção, que autorizaria a metamorfose deles em grande dimensão”.