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Almandrade
08/10 à 12/11/2022




































Sobre a exposição
Labirinto para curiosidade do olhar
O artista baiano Almandrade, um dos principais representantes da arte contemporânea brasileira. Expoente baiano da arte conceitual e do poema visual, hoje, um dos grandes nomes das artes visuais brasileiras, com uma produção respeitada nos principais circuitos de arte do país e reconhecida internacionalmente. Uma pequena parte de sua produção que mostra as vertentes de sua linguagem e suportes poderá ser vista pela primeira vez nesta exposição.
A mostra é constituída de diversos suportes utilizados por Almandrade e produzidos entre diferentes décadas , um trabalho ininterrupto e coerente. São trabalhos elaborados dentro de princípios e critérios que vêm direcionando a produção do artista, por mais de quatro décadas. Entre a geometria e o conceito, entre a forma e a palavra, entre o rigor espacial e a poesia. São poemas visuais, objetos, pinturas, escultura e livro de artista, selecionados para a ocupação da galeria de forma a mostrar a trajetória do artista.
Arquiteto de formação, artista visual, poeta, Almandrade identifica um momento internacional de reconhecimento e valorização da produção de poesia visual, poema processo, arte conceitual e tendências construtivas, de artistas e poetas brasileiros que intensificaram o experimentalismo nos anos de 1970. A exposição foi pensada com o objetivo de apresentar um recorte do trabalho do artista de diferentes momentos históricos e a articulação entre eles pela coerência da linguagem. Os signos presentes em seu trabalho interrogam a estrutura da linguagem, em uma autêntica postura pós-moderna, em que o ser humano cria a felicidade que tanto procura no encontro com a dimensão do imaginário.
Almandrade compromete-se com a pesquisa de linguagens artísticas que envolvem artes plásticas, poesia e conceitos. No percurso do artista destaca-se a passagem pelo concretismo, poesia visual, poema / processo e a arte conceitual, nos anos 70, o que contribuiu fortemente com a incessante busca de uma linguagem singular, limpa, de vocabulário gráfico sintético. De certa forma, um trabalho que sempre se diferenciou da arte produzida na Bahia, calcado num procedimento primoroso de tratar questões práticas e conceituais, marcaram sua produção na segunda metade da década de 70.
“Sua poesia visual é sintética, gráfica, e as escolhas adotadas em sua confecção, materiais, soluções gráficas, aspectos finais, evidencia a potência intelectual presente na criação. Não podemos esquecer que a poesia concreta dele está fortemente amparada também por sua relação com a arquitetura. Mestre em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, sua obra reflete essa sua formação; o arquiteto constrói sua poesia cuidadosa e racionalmente, como um ativista da arte como conhecimento.” (Alexandre Gomes Vilas Boas)
Na Bahia, fora do centro São Paulo / Rio de Janeiro, Almandrade foi solitário no seu engajamento à arte concreta e conceitual. Ainda assim, conquistou o respeito crítico. Suas obras, alvo de mais 30 exposições individuais, já frequentaram pelo menos quatro edições da Bienal de São Paulo e hoje integram importantes coleções particulares e de museus como Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu Nacional de Belas Artes (RJ), Pinacoteca Municipal de São Paulo, Museu Afro (SP), Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP) e Museu Nacional (DF).
Exposição
de 08/10/2022 à 12/11/2022
de Seg. a Sex. – 10 às 19h
Sáb. – 10 às 14h
Sobre o artista
Almandrade (1953). Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes. Participou de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” – mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (São Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior e é um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica” em 1974. Realizou mais de trinta exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 2018 e participou de feiras de arte nacionais e internacionais, como SP-Arte, Art-Rio, VOLTA NY e Basel, EXPO Chicago, India Art Fair, entre outras. Tem trabalhos nos principais museus do Brasil e no exterior, com destaque para as coleções do Museu de Arte do Rio (sob curadoria de Paulo Herkenhoff) e do Museum of Contemporary Art de Chicago. Também publicou os livros “O Sacrifício dos Sentidos”, “Poemas” e “Suor Noturno” e na imprensa, “Arquitetura de Algodão”. Suas poesias procuram dar palavras de intensidade plástica e é um dos grandes nomes da poesia visual.