

































2008: Mestre Didi – Da Ancestralidade à Contemporaneidade > 18/07 a 14/08
Mestre Didi
18/07 a 14/08


































Sobre a exposição
Um Mestre da escultura afro-brasileira aos noventa anos
Deoscoredes Maximiliano dos Santos, mais conhecido como Mestre Didi, Alapini do culto dos ancestrais, escritor e escultor, voltado para suas profundas raízes africanas.
Muito embora suas esculturas estejam fundamentadas num processo criativo com fortes laços da religiosidade e da tradição africana, podemos vê-las, além desse mister, com outros aspectos intrinsecamente da escultura propriamente dita. Entretanto, para isso, seria necessário um outro olhar sobre o ponto de vista da estética ocidental; isto posto, uma nova questão se apresenta, de como entender uma criação de obras tão complexas como essas produzidas pelo mestre Didi e seus reais vínculos, com uma e outra cultura, que se mesclam magicamente nessa produção entre arte e religião, entre a África e o Brasil.
O sincretismo no Brasil deixou marcas indeléveis em nossa formação cultural, sobretudo na forma de apreender, devolver e conviver com todos os significados do imaginário sagrado e dos mitos do universo nagô-africano-brasileiro.
“Esta função foi particularmente analisada pelos etnólogos e etno-esteticistas. Nessa perceptiva, supõe-se que os africanos acreditam que a arte, em particular, permite transpor o fosso que separa o real (seres vivos e as coisas, e o irreal – os mortos, os ancestrais míticos e totêmicos, as divindades e as forcas)”, analisa o ensaísta Abdoul Sylla, do Senegal, em seu artigo Criação imitação – na arte africana tradicional.
Mestre Didi é representante legítimo de sua origem Iorubá. “Esse povo era constituído de construtores por excelência, ferreiros, fundidores de ferro, carpinteiros, entalhadores de cabaças, tecelões, cesteiros, chapeleiros; esse povo também criou uma das civilizações mais urbanas da África negra. O povo Ioruba acreditava que o mundo tinha nascido, estava florescendo com uma força artística que, mais tarde, provocou o assombro do Ocidente”. Pode-se dizer que a obra constituída por esses símbolos, ora religiosos, ora inventivos e livres, vem desse halo criativo e transformador do povo Iorubá, que se fundamenta nesse grande sentido estético e da beleza, na junção de diversos materiais próximos da natureza.
A magia dessas esculturas está na forma como, visceralmente, Mestre Didi transpõe a energia de interpretação mitológica e inventividade de formas, ritmos e composições, se articulando num espaço negativo e positivo, num desafio de equilíbrio totêmico que se abre no espaço, como árvores plantadas numa base de seção côncava e circular. Essa elegância na construção de objetos verticalizantes se desenvolve e se abre no espaço, numa ação de pura gestualidade. Grafismos compostos de múltiplas linhas encastoadas por pequenos anéis de couro, cores vibrantes que amarram as nervuras naturais de palmeiras, são como ritmos alternados que andam no corpo da escultura. Ele também se vale de anéis de miçangas ou contas de louça e de búzios para reforçar a trama dessa obra originalíssima. Alguns desses mastros verticais denominados os Sasaras, os Ibiris,os Ofas, os Opas, são na iconografia do Mestre Didi, exemplos da sua criatividade como um jogo lúdico a construir uma obra com fortes vínculos com a arte sacra afro-baiana.
Devemos aqui citar um trecho de um texto inspirado de Joana Elbein dos Santos, a maior conhecedora do universo místico e artístico do escultor: “A aproximação às obras de Mestre Didi se realiza em dois níveis: o manifesto – significante e ethos – em que a escultura pode ser analisada como forma estética em si, como signo de comunicação comunitária, como elo de comunicação entre o artista e o observador, e o nível latente, condutor de conteúdos abstratos que participam dos mistérios litúrgicos, veiculando elaborações inconscientes onde são sublimadas as fantasias básicas da herança cultural milenar e as do próprio criador. Vale destacar que a comunicação estética, o prazer e a emoção de gozar o belo, não precisam de antecedentes interpretativos, mesmo que aspectos vinculados às latências de obras pouco familiares escapem ao observador.
A emoção é transmitida mesmo desconhecendo-se os significados subjacentes.
O observador se sente participante de uma poesia ancestral e atualizada.
Inspirando-se livremente na simbologia do sagrado inicial de seu povo, suas concepções estéticas projetam com singular sensibilidade a minuciosa técnica a profundidade mística, a tradição e a contemporaneidade da existencial criatividade do sacerdote-artista. As obras de Deoscoredes Maximiliano dos Santos-Mestre Didi, inscrevendo-se na vertente mitológica das artes, projetam uma energia poética de caráter universal. Precisamente pela total independência e originalidade, sua obra se inscreve em uma arte de vanguarda”.
Emanoel Araújo
Diretor-curador
Museu Afro Brasil
MESTRE DIDI 90 ANOS
MATRIZ ANCESTRAL – POESIA CONTEMPORÂNEA
Mestre Didi é um sacerdote-artista.
Integrado medularmente ao universo Nagô africano-brasileiro que mamou dos peitos das mães africanas, cresceu e se aprofundou, através de sucessivas iniciações, nos mistérios transcendentes da vida e da morte, nos segredos das identificações com os espíritos ancestrais – os egun – e com as entidades sagradas – os orixá –.
Didi absorveu o significado das múltiplas relações do homem com seu meio ético, social e cósmico absorvendo esses valores e modos desde sua infância.
Suas obras carregam a experiência, o hálito, a respiração, dos mais antigos aos mais novos, de geração em geração. Condensando sua historia pessoal e sua capacidade de transcender, Didi veicula intencionalmente, para alem de sua própria vida, a energia mítica de sua trajetória iniciatica.
Suas obras tem o poder de tornar presente os fatos passados, de restaurar e renovar a vida; inscrevendo-se na vertente mitológica das artes, projetam uma energia poética de caráter universal.
Didi redimensiona sua existência de homem-individuo inserindo-se na corrente da ancestralidade, dos ancestrais perpetuados e cultuados no Panteon da Terra, lama genitora, terra molhada, fecundada.
A constelação mítica que conforma as manifestações e poderes do Panteão da Terra – Obaluayê, Nana, Oxumaré – conduze as esculturas originais do sacerdote-artista, inspiradas nas suas múltiplas formas emblemáticas .
Toda a obra de Didi emerge, se eleva e se apóia na Terra, Natureza Terra. Dela ele extrai os materiais orgânicos que traduz em formas e espaços que levam à criação de uma arte universal. Sua autenticidade lhe permite mover-se com liberdade no mundo das artes ocidentais. Precisamente pela total independência e originalidade, sua obra se insere em uma arte de vanguarda.
Nas obras de Mestre Didi os búzios, contas e palha, por exemplo, fora de seu significado próprio, integram uma simbologia que contribuem para expressar. Os elementos que as ornamentam ou os materiais com que as executa têm, desde logo, um significado autônomo. São precisamente por essas qualidades, que lhes são próprias, que Didi as anexa e combina para formular uma simbologia renovada nas suas criações.
A partir do Xaxara – vassoura ritual emblema de Obaluayê –, cada escultura criada é uma variação, uma fuga, uma improvisação, uma ode dedicada à perpetuar recriada a forma tradicional. Cada nova criação nos oferece uma compreensão inovadora da tradição. Didi cria formas contemporâneas que não têm objetivo religioso. Elas são produzidas para servir à arte.
Em um movimento de recriação simbólica, Didi transporta materiais e técnicas tradicionais para uma arte contemporânea, traduzindo um conhecimento mítico e universal do qual é herdeiro .O trabalho de Didi é tradicional e novo.
A palavra Nagô ogbon resume sua obra: sabedoria e arte.
Juana Elbein dos Santos
Junho 2008
Esse texto resume um longo ensaio publicado no Catalogo da XXIII Bienal de São Paulo, Salas Especiais São Paulo, 1996, págs. 264 à 295.
Sua Santidade, Mestre Didi.
A primeira vez que ouvi falar de Mestre Didi foi em Salvador, nos anos 70 do século passado. Naquela época, a Bahia não estava na moda como está hoje, e as coisas eram um pouco diferentes. A Baby do Brasil se chamava Baby Consuelo; a badalada promoter Licia Fabio ainda era a dedicada funcionária pública Licia Fabio; o Trapiche Adelaide da época respondia pelo nome de Bargaço; o atualmente glamoroso Convento do Carmo vivia momentos de plena decadência; o Pelourinho ainda não tinha sido restaurado; dançava-se no Recanto do Sandoval; bebiam-se batidas no Diolino, tomava-se caldo de sururu no Popular, e ninguém imaginava a futura existência de um restaurante japonês chamado Soho. Mas Mestre Didi já era uma lenda.
Nos anos 70, eu era assíduo freqüentador de Salvador e tinha amigos na publicidade, na música popular, nas artes plásticas, na literatura, na alta e na baixa sociedades, em Itapoã, na Pituba, no Rio Vermelho, na Vitória, e no Gantois.
Duda Mendonça me convidava para sua casa em Mar Grande; Caetano e Gil tinham voltado do exílio; Tati Moreno já esculpia seus maravilhosos Orixás; e Mãe Meninha do Gantois chegou a protagonizar, a meu pedido, um anúncio das máquinas de escrever Olivetti criado especialmente para o Dia das Mães de 1979, que caiu num 13 de maio, Dia da Libertação dos Escravos.
Foi nesse tempo que eu fiquei sabendo da existência de Mestre Didi.
Amigos me contaram que ele tinha nascido em Salvador, mas descendia da nobreza africana. E que não era apenas um grande artista plástico: era também sumo sacerdote do culto aos ancestrais Egungun e o único brasileiro que dominava totalmente a língua iorubá. A história me fascinou. Fiquei querendo saber mais.
Nos anos 80, continuei freqüentando Salvador. Me hospedava no Hotel Enseada das Lajes, de dona Maria Castro Lima, no Morro da Paciência (que depois virou a casa da Gal Costa), e aproveitava a boa vontade de dona Maria e seu fiel escudeiro, Bartô, para promover deliciosas feijoadas sergipanas preparadas no próprio hotel com a participação de Licia Fabio, que, naquele momento, iniciava sua trajetória no mundo das promoções.
Numa dessas feijoadas, pedi a Licia que me encomendasse uma obra que adoro e me orgulho de ter em casa: um Xangô esculpido pelo Tati Moreno. (Curiosidade: o Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, também tem um Xangô do Tati em sua casa de Angra dos Reis, merecidamente bem maior que o meu, devo reconhecer.)
Nos anos 80, aprendi um pouco mais sobre Mestre Didi.
Vi alguns de seus trabalhos, soube que ele tinha começado fazendo entalhes em madeira, depois passou a esculpir exus em cimento e barro e, aos 29 anos, já tinha publicado o seu primeiro livro, “Iorubá tal qual se fala”, com prefácio de Jorge Amado e ilustrações de Carybé.
Cogitei pedir que me apresentassem a ele, mas desisti, imaginando, com razão, ser muita pretensão da minha parte.
Só em 1996, impactado por sua Sala Especial na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, por suas peças no Museu Picasso e no Museu Georges Pompidou, tomei coragem e decidi: “Um dia, vou conhecer Mestre Didi.” Coisa que só veio a acontecer em agosto de 2000.
Acompanhados dos amigos Katia e Walter de Mattos (dono do jornal esportivo Lance!) e da velha amiga Licia, que agendou a visita, Patrícia e eu estivemos na casa de Mestre Didi, no bairro de Ondina, em Salvador.
Fomos recebidos por ele e pela mulher, a antropóloga argentina Juanita Elbein dos Santos. A atmosfera era mágica. O espaço, fascinante. Juanita, extremamente articulada e falante. Ele, absolutamente compenetrado e silencioso.
Estivemos na sala de esculturas e eu resolvi comprar uma delas, qualquer uma, mas não sabia que linguagem usar. Talvez fosse mais educado procurar numa das muitas galerias que representam Mestre Didi mundo afora. Perguntei a Juanita, que me deixou inteiramente à vontade.
Escolhemos, Patrícia e eu, um cetro com nervuras de palmeiras, couro, búzios e contas. Compramos, exultantes.
De repente, Juanita nos convidou para conhecer o estúdio de trabalho de Mestre Didi, nos fundos da casa.
O espaço não era tão grande, mas passava a sensação de ser imenso. Havia algumas esculturas inacabadas, ferramentas e material de trabalho espalhados pelo chão.
Num canto, uma mesa relativamente arrumada e, em cima dela, uma impressionante, quase realista, escultura de um esguio jogador de futebol negro, feita com nervuras de palmeiras pintadas em diferentes cores.
Eu e Walter de Mattos, fanáticos por futebol, ficamos extasiados e, pela primeira vez, Mestre Didi falou que a escultura representava a ele quando moço.
Me dirigi ao canto onde estava Juanita, que entendeu imediatamente o que eu pretendia dizer e se antecipou: “Essa é dele; ninguém pode ter.”
Voltamos para a sala, e Mestre Didi ficou no estúdio.
De repente, apareceu com o jogador de futebol nas mãos, entregou-o a Juanita e disse, apontando pra mim: “Ele pode ter.”
Naquele momento, não me senti presenteado. Me senti abençoado.
Meia hora depois, já parecíamos velhos amigos.
Prometi a Juanita ajudá-la na divulgação do II Encontro Internacional de Direitos do Homem e Diversidade Humana, que ela estava organizando para outubro daquele ano. Trocamos telefones e nos retiramos, eufóricos, com as esculturas debaixo dos braços.
8 de julho de 2004. Nascem meus filhos gêmeos, Antônia e Theo.
Dias depois, recebo uma carta que, desde então, está emoldurada no quarto das crianças:
“Caros Washington e Patrícia,
Omo l’okùn
Omo ni de
Omo ni jingindinríngín
A mu se yi, mu s’òrun
Ara eni
Um filho é como contas de coral
Vermelho
Um filho é como cobre
Um filho é como alegria
Inextinguível
Uma honra apresentável
Que nos representará depois da morte
Oriki nagô, cantado em homenagem ao nascimento de um filho.
Quando gêmeos, repetir a saudação duas vezes.
Junto ao oriki, nosso abraço compartilhando alegrias.
Juanita e Didi
Em Salvador, 27 de julho de 2004.”
Washington Olivetto
Mestre Didi
Sobre o artista
2007
Arte Contemporânea. Participação em exposição coletiva na Galeria Prova do Artista, Salvador/Bahia (setembro).
Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea. Exposição em sala especial. Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera. Galeria Paulo Darzé (abril).
Exposição Áfricas-Américas, Encontros Convergentes: Ancestralidade e Contemporaneidade. Em Valencia/Espanha (março).
Encontro Entre Dois Mares. Sala especial na Bienal de São Paulo.
Exposição a Céu Aberto. Exposição individual. Fundação Gregório de Matos (fevereiro).
2006
Homenagem aos 88 anos de Mestre Didi: Para nunca esquecer. Negras memórias e memórias de negros.Museu Oscar Niemeyer. Curitiba (dezembro/abril)
Arte sem Fronteiras. 29ª edição do Panorama da Arte Brasileira, realizada pelo Museu de Arte Moderna, São Paulo.
Exposição Réplica e Rebeldia: mostra de 80 obras de afro-brasileiros e angolanos. Mestre Didi. Museu de Arte Moderna da Bahia (setembro).
Exposição a Céu Aberto. Exposição individual. Fundação Gregório de Matos (Julho).
2005
Arte, religione, política. Exposição no PAC – Padiglione d’Art Contemporanea, em Milão, Itália (julho a setembro).
Panorama da Arte Brasileira. Exposição no Museu de Arte Moderna, São Paulo (outubro).
Aworan Ijinle – Esculturas Míticas de Mestre Didi. Exposição da coleção no Projeto Cultural Art Sofitel, Rio de Janeiro (junho/julho).
2004
Exposição Inaugural do Museu Afro-Brasil, no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, Parque Ibirapuera, São Paulo.
2003
Aworan Ijinle – Esculturas Míticas de Mestre Didi. Exposição da coleção no Projeto Cultural Art Sofitel, em Sauípe, Salvador/Bahia (dezembro).
Iye Biye – Adereços de Mestre Didi. Exposição na Joalheria Bahia Preciosa, no Pelourinho Centro Histórico de Salvador, Bahia (setembro/novembro)
Negras Memórias, Memória de Negros: O imaginário Luso-Afro-Brasileiro e a Herança da Escravidão. Exposição no Palácio das Artes, Belo Horizonte, Minas Gerais.
Negras Memórias, Memória de Negros. Exposição na Galeria de Arte SESI-FIES, São Paulo.
2002
Brasil de Corpo e Alma. Participação de sala especial na mostra do Gughenhein Museum, Nova Iorque, Estados Unidos (março/setembro)
Opa Nìla Bàba Igi – Grande Cetro do Ancestral das Árvores. Escultura em bronze e cobre, com 3,50m de altura, realizada para o Parque Escultórico de São Sebastião – Fundação Cultural e Artística Gilberto Salvador, São Paulo.
2001
Opo Baba N’Laawa – Cetro da Ancestralidade. Escultura em bronze, com 10 metros de altura, realizada para a Prefeitura Municipal de Salvador, instalada na Enseada da Paciência, Rio Vermelho, Salvador, Bahia.
Mestre Didi. Exposição individual na Ária Galeria de Arte, Recife/Pernambuco (dezembro).
As Criaturas Míticas de Mestre Didi – Édá-Elemi. Exposição individual na Galeria de Arte de São Paulo, São Paulo (novembro).
2000
Tradição e Contemporaneidade: poesia mítica. Exposição individual na Galeria de Arte de São Paulo, São Paulo (maio/junho).
Negro de Corpo e Alma. Participação em sala especial. Pinacoteca do Estado, São Paulo.
Brasil + 500 – Mostra do Redescobrimento. Participação na sala especial Arte Afro-Brasileira (capa do catálogo). Parque do Ibirapuera, São Paulo (julho/setembro).
1999
Mestre Didi Sacred Afro-Brazilian Sculpture. Exposição individual no Laumier Park Sculpture, St.Louis, EUA (outubro).
1998
Mestre Didi Sacred Afro-Brazilian Sculpture. Exposição individual no Bass Museum of Art, Miami Beach, EUA (setembro/novembro).
1997
Poesia Mítica e Contemporaneidade – Mestre Didi 80 anos. Exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Bahia (outubro/novembro).
Opa n’Ìle – Cetro da Terra. Escultura com 7 metros de altura, realizada para o Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Bahia.
Bahia Africana. Participação de exposição coletiva no Espaço Cultural Infraero, Salvador, Bahia.
Brazilian Sculpture and Idenity in Profile. Participação na exposição coletiva. Espaço Cultural Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, Washington, Estados Unidos. Participa da exposição coletiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1996
XXIII Bienal Internacional de Arte. Participação em sala especial, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo (outubro/ dezembro).
Mestre Didi. Exposição individual na LBV, Brasília, DF.
1º Prêmio Copene de Cultura e Arte. Recebido com a exposição individual realizada na Galeria de Arte Prova do Artista, Salvador, Bahia (setembro/ outubro).
Os Herdeiros da Noite – Fragmentos do Imaginário Negro. Participação da exposição coletiva, realizada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Centro de Cultura, Belo Horizonte, Minas Gerais.
1995
Os Herdeiros da Noite – Fragmentos do Imaginário Negro. Participação da exposição coletiva, realizada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Espaço Cultural SOS Sul, Brasília, DF.
1994
O Imaginário Negro das Américas. Participação da exposição coletiva, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.
Arte e Religiosidade Afro-Brasileira. Participação na exposição, com sala especial, na 46ª Feira do Livro, Frankfurt, Alemanha.
Mestre Didi. Exposição individual na Galeria de Arte Prova do Artista, no Hotel Sofitel, Salvador, Bahia.
1993
Mestre Didi Esculturas. Exposição individual na Galeria de Arte Prova do Artista, na inauguração da nova sede, no Centro Histórico, Salvador, Bahia (junho).
1992
A Presença do Sagrado na Escultura de Mestre Didi. Exposição individual. Galeria do Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de Janeiro.
1991
A arte africana na Bahia. Exposição individual na Semana Afro-Brasileira, da Fundação Cultural de Ilhéus, Bahia.
1989
Art in Latin América. Participação, com sala especial, na exposição. Hayward Gallery, Londres, Inglaterra.
Maître Didi. Participação, com sala especial, na exposição internacional Magiciens de la Terre, Museu Georges Pompidou, Paris, França.
1988
A Presença do Sagrado na Escultura de Mestre Didi. Participação com sala especial no Escravidão Congresso Internacional. Universidade de São Paulo, São Paulo.
Opa Eshin. Réplica ampliada de sua escultura, com 12 metros de altura, instalada no Largo do Pelourinho, Salvador, Bahia.
1987
Memória e Afirmação Existencial. Exposição individual na Academia de Letras do Estado da Bahia, Salvador, Bahia.
1986
Arte Sacra Negra. É curador e tem sala especial. Vitória Hall, Salvador, Bahia.
Mestre Didi: a priest-artist. Exposição individual. Schomburg Center, Nova Iorque, Estados Unidos (outubro).
1984
Bahia-África/ África-Bahia. Participação na exposição coletiva. Museu de Arte, Salvador, Bahia.
Seminário Tradição dos Orixá: Religião e Negritude. Exposição individual no auditório do Imaco, Belo Horizonte, Minas Gerais.
1976
Participação no Projeto Egungun, coordenado pela Secneb, tendo como produtos o filme e o disco Egungun, patrocinados pelo Desenbanco, Secneb e Embrafilme.
1974
Arte Sacra Negra. É curador e tem sala especial na exposição. Palácio das Convenções, São Paulo.
Semanas Afro-Brasileiras. É curador e tem sala especial na exposição. Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
1971
Afro-Brazilian Art. É curador e tem sala especial na exposição. African Center, Londres, Inglaterra.
Mestre Didi y el Arte Afro-Brasileño. É curador e tem sala especial na exposição. Galeria Rubber, Buenos Aires, Argentina.
1970
Art et Culture Afro-Brésiliens. É curador e tem sala especial na exposição. Palácio da Unesco, Paris, França.
Afro-Brasilianische Religione. Participa como curador, no evento Brasilianische Tage, Ingelheim, Alemanha.
1969
Mestre Didi’s Sacred Art. É curador e tem sala especial na Exposição Internacional de Arte Afro-Brasileira noGhana National Museum, em Acra, Ghana.
1968
Mestre Didi. É curador e tem sala especial no Evento Internacional Arte Afro-Brasileira no Museum of Antiquities, em Lagos, Nigéria.
1967
Prêmio Estado da Bahia outorgado pela Bienal Nacional do Brasil, Salvador, Bahia.
Afro-Brazilian Art. Exposição individual no Trenchard Hall da Universidade Ibadan, Nigéria.
1966
Arte Sacra Afro-Baiana. Exposição individual na Galeria G4, Rio de Janeiro.
1965
Esculturas e Emblemas de Orixá. Exposição individual na Galeria Atrium, São Paulo. Funda o Setor Afro-Brasileiro do Museu de Arte Popular da Fundação de Arte Moderna, Salvador, Bahia.
Mestre Didi. Participação em exposição, no congresso Semana da Cultura Afro-Brasileira, Buenos Aires, Argentina.
Mestre Didi Sacerdote-Artista. Exposição individual na Galeria El Altillo, Buenos Aires, Argentina.
1964
Emblemas de Orixá. Exposição individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro.
Mestre Didi. Exposição individual na Galeria Ralf, Salvador, Bahia.