Arthur Luiz Piza

  • Biografia

    Quando visito seu ateliê fico entusiasmado e ao mesmo tempo perplexo. Você abandonou a gravura da qual foi considerado um mestre para fazer colagens. Agora está fazendo obras com elementos metálicos. Com esse material, em geral novo, você cria outra maneira de encarar o espaço, talvez mais esotérica do que simplesmente visual. Suas obras também não são exatamente esculturas, são monumentais mesmo quando são pequenas porque poderiam ser transpostas em outra escala se você preferisse o que é espetacular, como alguns de seus colegas, à revelação dos tesouros secretos de sua imaginação criadora. Não há nas suas obras nenhum elemento folclórico, lúdico ou narrativo, nada que lembre seu Brasil natal. A fonte de inspiração situa-se em outro nível e quando você a procura nos arcanos do seu inconsciente ela está sempre pronta a responder.

    Você descobriu cedo, devido a vicissitudes de uma vida familiar de gente abastada, com pai advogado e mãe católica praticante e como quarto filho a vontade de independência. Essa vontade de solidão afirmou-se depois de um desastre de automóvel que o afastou do ritmo normal de ensino. Esse no man’sland moral e cultural onde você se sente bem abriu portas para sua vocação de pintor. A revelação que foi para você a arte de Van Gogh num livro que sua irmã mais velha ofereceu e que você logo quis copiar e interpretar encontrou um pouco depois um lugar de ressonância no ateliê do primo Gomide, formado, segundo estudos clássicos, em Genebra.

    As suas primeiras exposições revelam uma figuração que você diz ser um “expressionismo um tanto surrealista”. Algumas obras, já em 1945-1946, chamam a atenção do público. Foi no ateliê Gomide que você conheceu Clélia com quem casou em 1949. No papel de chefe de família você foi obrigado a achar um ganha-pão, mas sem que abandonasse a arte. Vocês deixaram o país natal e procuraram na Europa melhores condições para a evolução da prática da pintura. Você se instala em Paris, encontra o gravador Johnny Friedlaender que se torna seu mentor. Você descobre logo uma liberdade temática e uma técnica rigorosa que lhe permitem tratar o espaço com audácia para chegar a um estilo onde uma fina sensualidade equilibra o rigor. O Prêmio de aquisição que você obtém em 1953 na Bienal de São Paulo é a recompensa para o seu primeiro período. Você pode continuar a utilizar sua técnica sem abandonar a pintura. Em 1959, obtém na Quinta Bienal de São Paulo o prêmio de melhor gravador, mas você não se impressiona com essa vitória. Você sente a necessidade de utilizar novos meios de expressão para dizer o espaço tridimensional, primeiro com colagens de papel e agora com elementos metálicos.

    Você hoje, com sua curiosidade sem limites, pôs tudo de pernas para o ar, mas como você também tem uma perfeita noção, não só de equilíbrio, mas do que são as relações entre formas e movimentos sugeridos, você soube dar a cada obra uma presença orgânica, ou mesmo ontológica. Você olha o material mais do que simples que usa como se quisesse dar a ele espírito e até, às vezes, alma, e por isso, para mim, suas obras são como talismãs.

    O entusiasmo, o fervor do artesão que explora as singularidades do banal, que percebe antes de ver, que se prepara para a transcendência à procura da respiração e da densidade do espaço na luz, que tem a sensação justa, tátil, carnal de um desvendar maravilhado é o que François Mathey quis comemorar há anos na excelente exposição “Artistas-Artesãos?” no Museu desArtsDécoratifs.

    Aqui o que vemos é o material que se dobra para chegar à harmonia, que procura a respiração na espessura do entrançado e sua flexibilidade e transparência para nos convidar a explorar, segundo as possibilidades de cada um, um espaço mágico. Tudo o que suas gravuras revelavam de energia, fineza, sensualidade está intacto nesses transes mediúnicos. Em geral pequenos, e como obrigados à modéstia, eles concentram todo tipo de energia, às vezes como efígies que revelam, porque em contração, a monumentalidade da concepção, que autorizaria a metamorfose deles em grande dimensão.

    Seu ateliê está cheio dessas presenças dissimuladamente benéficas, paredes e mesas repletas de mensagens, em pé, deitadas, em cercados, ou apresentadas ao peso do olhar em torno da grande e tremulante Babel. Umas e outras têm pontuações coloridas ou formais que destacam o caráter enigmático do testemunho delas.

    Eu imagino que você também se sinta surpreendido com as figuras que suas mãos revelam, como se tivessem sido apanhadas num sonho ou numa intrusão mágica em algum inframundo e que descrevem do jeito delas quem você é, seu ser verdadeiro, ao materializarem estruturas e animações que você não conhecia diretamente. O privilégio dos artistas é poder projetar-se no espelho das próprias obras, reconhecendo-se às vezes, ou perdendo-se nelas eventualmente.

    Jean François Jaeger

    When I visit your atelier I’m both enthusiastic and perplexed. You have abandoned the medium of which you were considered a master to make collages. Now you’re working with metallic elements. With this material, usually new, you create another way of looking at space, perhaps more esoteric than visual. Your works are also not exactly sculptures, they are monumental even when they are small because they could be transposed on another scale if you preferred what is spectacular, like some of your colleagues, to the revelation of the secret treasures of your creative imagination. There is no folkloric, playful or narrative element in your works, nothing that reminds you of your native Brazil. The source of inspiration lies on another level, and when you look for it in the arcana of your unconscious it’s always ready to respond.

     

    You discovered early, due to the vicissitudes of a privileged upbringing — with a lawyer father, a practicing Catholic mother, and as fourth child –the will of independence. This will of solitude was affirmed after an automobile disaster that moved you away from the normal rhythm of education. This in the moral and cultural man’sland where you felt comfortable opened doors to your vocation as a painter. The art of Van Gogh discovered in art book belonging to your older sister was a revelation, which you soon wanted to copy and interpret, and it found a place of resonance in the studio of cousin Gomide, who was trained in the classical arts in Geneva.

     

    Your first exhibitions reveal a depiction that you say is a “surrealistic expressionism”. Some works, already in 1945-1946, attracted the attention of the public. It was in Gomide’s studio that you met Clelia whom you married in 1949. As the head of the family you were forced to become the breadwinner, but without abandoning art. You left home and sought better conditions in Europe for the evolution of your work a painter. You settled in Paris, where Johnny Friedlaender became your mentor. You soon discovered a thematic freedom and a rigorous technique that allowed you to treat space with audacity, to arrive at a style where a fine sensuality balances the rigor. In 1953 you received the Acquisition Prize at the São Paulo Biennale as the reward for your first term. You  continue to use your technique without abandoning painting. In 1959, you won the award for best engraver at the Fifth São Paulo Biennale, but you were not impressed with this victory. You felt the need to use new means of expression to convey three-dimensional spaces, first with paper collages and now with metallic elements.

     

    Today, with your boundless curiosity, you have put everything upside down, but since you also have a perfect notion, not only of balance, but of the relationships between suggested forms and movements, you knew how to give each work a organic presence, or even ontological. You look at the more than simple material you use as if you wanted to give it spirit and even, sometimes, soul, and so for me, your works are like talismans.

     

    The enthusiasm, the artisan’s fervor that explores the singularities of the banal, which you perceive before seeing, which prepares for transcendence in search of breathing, and the density of space in the light, which has the fair, tactile, carnal feel of unveiling a great wonder is what François Mathey wanted to commemorate years ago in the exhibition “Artists-Craftsmen?” at the Musee des Arts Décoratifs.

     

    Here we see the material that bends to reach harmony, which seeks breath in the thickness of the braid and its flexibility and transparency to invite us to explore, according to the possibilities of each, a magical space. Everything your engravings revealed of energy, finesse, sensuality is intact in these mediumistic trances. In general they are small, and as they are forced to modesty, they concentrate all kinds of energy, sometimes as effigies that reveal, because in contraction, the monumentality of conception, which would authorize their metamorphosis in a great dimension.

     

    Your atelier is full of these covertly benevolent presences, walls and tables full of messages, standing, lying in pens, or presented with the weight of the gaze around the great, fluttering Babel. Some have colored or formal scores that highlight the enigmatic character of their testimony.

     

    I imagine that you too are surprised by the figures your hands reveal, as if they were caught in a dream or in a magical intrusion into some underworld, and which describe their way of being who you are, your true being, by materializing structures and animations that you did not know directly. The privilege of artists is to be able to project themselves in the mirror of their own works, sometimes recognizing themselves or eventually losing them.

     

    Jean François Jaeger

  • Bibliografia

    Não disponível

  • CV

    Arthur Luiz Piza

    São Paulo, SP, 1928 – Paris, 2017

    Na década de 1940, estudou pintura e afresco com Antonio Gomide. Os estudos de gravura se deram com Johnny Friedlaender, em Paris, a partir de 1953. Dedicou-se logo depois à aquarela e à colagem. Realizou mostras individuais no Brasil e em vários outros países (Japão, Equador, França, Alemanha, Suíça, Suécia, Iugoslávia, Itália, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos).

    Participou das Bienais de São Paulo (1951 a 1963), de Paris (1961 e 1963) e de Veneza (1966); da Documenta de Kassel (1959); da exposição “Cinquante ans de collage” no Museu de Arte de St. Etienne e no Museu de Arte Decorativa de Paris (1964); da exposição “Art Vivant” na Fundação Maeght (1968); das Bienais de Cracóvia (1964 a 1974); da Exposição Internacional de Gravura de Liubliana (1957 a 1981); da exposição “Itinéraires Blancs” do Museu de Arte de St. Etienne; da exposição “Graphik der Welt” de Nuremberg (1971); das Bienais de Gravura da Noruega (1972 a 2000); da Bienal de Havana (1984 e 1986); das Trienais de Grenchen (1958 a 1985); das Bienais de San Juan (1970 a 2001); da exposição “Peintres et Graveurs Français” em Paris (1982 a 2002); do Salão “Realités Nouvelles” em Paris (1960 a 1974); do Salão “Jeune Gravure Contemporaine” (1964 a 2002); do Salão de Maio de Paris (1964 a 2000); da Biennale Internazionale di Grafica de Vico (1990); da “Exposition Européenne de Création” (1986); do “Panorama da l’Ecole Française Contemporaine” em Tel Aviv (1987); da Bienal de Niort “Homenagem a Piza” (1989); da 5ª Bienal de Estampa Contemporânea na França (1991); da Lateinamericanische Kunst (1990) na Alemanha; da exposição “Art d’Amérique Latine, de 1911 a 1968”, no Centre Georges Pompidou, em Paris (1992), da Trienal das Américas, em Grenoble, França (1993), e da exposição no Sakaide City Museum of Art, Kagawa, Japão (1997). Participou ainda das exposições da Manufatura de Sèvres no Palácio do Congresso de Marselha (1974), no Museu Amos Andersons de Helsinque (1974), no Hermitage, em São Petersburgo (1976), no National museum de Estocolmo (1982) e no Kunstindustrimuseet de Oslo (1982).

    Prêmios selecionados:

    1953 – Prêmio Aquisição, 2a Bienal de São Paulo, Brasil

    1959 – Grande Prêmio Nacional de Gravura, 5a Bienal de São Paulo, Brasil.

    1961 – Prêmio de Gravura, 2a Trienal de Grenchen, Suíça; Prêmio de Gravura, 4a Exposição Internacional de Ljubljana, Eslovênia

    1965 – Prêmio de Gravura, Exposição Internacional de Havana, Cuba; Prêmio de melhor conjunto de obras, 2ª Bienal Americana de Gravura, Santiago, Chile

    1966 – Prêmio David Bright, 33ª Bienal de Veneza, Itália

    1970 – Prêmio de gravura, 1ª Bienal de San Juan, Porto Rico; Medalha de Ouro, 2ª Biennale Internazionale della Gráfica d’Arte, Florença, Itália; Menção Especial para o Livro de Arte, Feira do Livro, Nice, França; Prêmio de gravura, 3a Bienal de Cracóvia, Polônia

    1978 – Prêmio de aquisição, 1ª Mostra Atual de Gravura da Cidade de Curitiba, Brasil

    1980 – Prêmio do júri, Bienal da gravura, Noruega; Prêmio de gravura, 2a Bienal Ibero americana de Arte, México

    1990 – Prêmio de gravura, 9ª Bienal de San Juan del Grabado Latino americano y del Caribe, Porto Rico

    1994 – Grande Prêmio da Crítica, São Paulo, Brasil

    Museus e coleções públicas selecionadas

    Albertina (coleção de artes gráficas), Viena, Áustria

    ArtInstituteof Chicago, Chicago, EUA

    Bibliothèquenationale de France, Paris, França

    GalleriaNazionale d’Arte Moderna, Roma, Itália

    Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos

    Musée d’Art Moderne de laVille de Paris, Paris, França

    Musée d’Art Moderne de Saint-Étienne, Saint-Étienne, França

    Musée National d’Art Moderne, Centre Pompidou, Paris, França

    Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

    Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil

    Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

    Museum of ModernArt, Belgrado, Sérvia

    Museum of ModernArt, Nova York, EUA

    Museum Sztuki, Lodz, Polônia

    Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil

    Portland, Art Museum, Portland, EUA

    Saarland museum, Saarbrücken, Alemanha

    Tate Modern, Londres, Inglaterra

    Victoria and Albert Museum, Londres, Inglaterra

  • Exposições

    Bienais e Trienais

    1951 – São Paulo SP – 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon

    1953 – São Paulo SP – 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP – prêmio aquisição

    1955 – São Paulo SP – 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP

    1957 – São Paulo SP – 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP

    1958 – Grenchen (Suíça) – Trienal de Grenchen

    1959 – São Paulo SP – 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP – grande prêmio nacional de gravura

    1961 – Paris (França) – 2ª Bienal de Paris; São Paulo SP – 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP

    1963 – São Paulo SP – 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal e Paris (França) – 3ª Bienal de Paris

    1965 – Santiago (Chile) – 2ª Bienal Americana de Gravura – prêmio melhor conjunto de obras

    1966 – Cracóvia (Polônia) – 1ª Bienal da Cracóvia e Veneza (Itália) – 33ª Bienal de Veneza – Prêmio David Bright

    1967 – São Paulo SP – 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

    1968 – Menton (França) – Bienal de Menton

    1970 – San Juan (Porto Rico) – 1ª Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe – prêmio gravura; Florença (Itália) – 2ª Biennale Internazionale della Gráfica d’Arte – medalha de ouro; Cracóvia (Polônia) – 3ª Bienal Internacional de Gravura – prêmio gravura; Menton (França) – Bienal de Menton

    1972 – Cracóvia (Polônia) – 4ª Bienal Internacional de Gravura; San Juan (Porto Rico) – 2ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe; Oslo (Noruega) – Trienale da Noruega

    1974 – Cracóvia (Polônia) – 5ª Bienal Internacional de Gravura; San Juan (Porto Rico) – 3ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe

    1979 – San Juan (Porto Rico) – 4ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe – prêmio gravura; São Paulo SP – 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

    1980 – Cidade do México (México) – 2ª Bienal Ibero-Americana – prêmio gravura

    1981 – San Juan (Porto Rico) – 5ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe ; Baden Baden (Alemanha) – 2ª Bienal da Gravura Européia

    1983 – San Juan (Porto Rico) – 6ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe

    1984 – Havana (Cuba) – 1ª Bienal de Havana

    1985 – Grenchen (Suíça) – Trienal de Grenchen (a partir de 1958)

    1986 – San Juan (Porto Rico) – 7ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe; Havana (Cuba) – 2ª Bienal de Havana

    1988 – San Juan (Porto Rico) – 8ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe

    1989 – São Paulo SP- 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal; Niort (França) – Bienal de Niort – Homenagem à Piza

    1990 – San Juan (Porto Rico) – 9ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe – prêmio gravura; Paris (França) – Bienal de Sarcelles; Vico (Itália) – Biennale Internazionale de Grafica, no Vico Arte

    1991 – França – 5ª Biennale d’Estampes Contemporaines

    1993 – San Juan (Porto Rico) – 10ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe; Maubeuge (França) – TriennaledesAmériques

    1994 – São Paulo SP – Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

    1995 – San Juan (Porto Rico) – 11ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe

    1996 – Tolentino (Itália) – 1ª Biennale Internazionale delle Opere su Carta

    1998 – San Juan (Porto Rico) – 12ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe – sala especial

    1999 – Oslo (Noruega) – Trienale da Noruega; Paris (França) – Bienal de Sarcelles

    2000 – Bienal de Sarcelles. Sarcelles, França; Bienal de San Juan. San Juan, Porto Rico

    2001 – Paris (França) – Bienal de Sarcelles; San Juan (Porto Rico) – 13ª Bienal de San Juan delGrabado latino-americano y del Caribe

    Exposições Individuais

    1958 – São Paulo SP – MAM/SP

    1959 – Paris (França)  -Galerie La Hune / Rio de Janeiro  – MAM/RJ

    1960 – Düsseldorf (Alemanha)  -GrafischesKabinett Weber

    1961 – Paris (França) – Galerie La Hune

    1962 – Liubliana (Iugoslávia, atual Eslovênia) – na Mala Galerija Frankfurt (Alemanha) – Frankfurt  Kunstkabinnet

    1963 – Paris (França) – Galerie La Hune; Braunschweig (Alemanha) – GalerieSchmucking

    1964 – Nova York (Estados Unidos) – GalleryofGraphicArts

    1965 – Paris (França) – Galerie La Hune

    1966 – Luxemburgo (Luxemburgo) – GalerieHorne

    1967 – Rio de Janeiro RJ – Galeria Bonino

    1968 – Mannheim (Alemanha) – Gabriel Gallery; São Paulo SP – Galeria Cosme Velho

    1969 – Bordeaux (França) – GalerieduFleuve; Grenoble (França) – GalerieHarmonies; Paris (França) – Galerie La Hune; Bruxelas (Bélgica) – GalerieTailleDouce

    1970 – Luxemburgo (Luxemburgo) – Galerie Paul Bruck; Göteburg (Suécia) – Novo Art

    1971 – Genebra (Suíça) – Galerie Leandro

    1972 – Essen (Alemanha) – GalerieHeimeshoff; São Paulo SP – Masp

    1973 – Berna (Suíça) – Galerie Schindler; Neuveville (Suíça) – GalerieTuruvani

    1974 – Dortmund (Alemanha) – GalerieSchmucking; Bâle (Suíça) – Galerie Suzanne Egloff; São Paulo SP – PetiteGalerie; Rio de Janeiro RJ – PetiteGalerie

    1975 – Bruxelas (Bélgica) – GalerieTailleDouce

    1976 – Bergen (Noruega) – Det Lille Gallery; Paris (França) – Galerie La Hune; Hamburgo (Alemanha) – Individual, na GalerieLochte; Milão (Itália) – Galerie M’Arte; Göteburg (Suécia) – GalerieMebius; Wiesbaden (Alemanha) – GaleriePanorame

    1977 – La Coruña (Espanha) – Galeria Mestre Mateo; Berna (Suíça) – Galerie Schindler ; São Paulo SP – Arthur Luiz Piza: relevos, na Galeria Arte Global

    1978 – Glemmingebro (Suécia) – GalerieGlemminge

    1979 – Essen (Alemanha) – GalerieHeimeshoff; Paris (França) – Galerie La Hune; Montbéliard (França) – Centre d’ActionCulturelle de Montbéliard

    1980 – Vallauris (França) – GalerieMadoura

    1981 – Tóquio (Japão) – GalerieBacou; Paris (França) – GalerieBellechasse; Paris (França) – Galerie La Hune; Rio de Janeiro RJ – Galeria Gravura Brasileira
    São Paulo SP – Gabinete de Arte Raquel Arnaud; São Paulo SP – Retrospectiva, no Masp

    1982 – Paris (França) – Espace enRelief: ouevresrécentes de Piza, na GalerieBellechasse

    1983 – Rio de Janeiro RJ -Galeria Gravura Brasileira; São Paulo SP -Gabinete de Arte Raquel Arnaud

    1984 – Copenhague (Dinamarca) – GalerieAeblegaarde; Paris (França) – Galerie La Hune; Quito (Equador) – Galeria; Tóquio (Japão) – MikimotoGallery

    1985 – França – Artothèque de Montpellier

    1986 – Lisboa (Portugal) – Galeria 111; Rio de Janeiro RJ – Galeria Gravura Brasileira; Paris (França) – Galerie La Hune; São Paulo SP – Gabinete de Arte Raquel Arnaud; Porto Alegre RS – Margs

    1987 – Copenhague (Dinamarca) – GalerieAeblegaardenIslesurSorgue (França) – GalerieDjelall

    1988 – São Paulo SP – 1980-1988: 50 Novelles Gravuras de Piza, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud; Paris (França) – Individual, na Galerie La Hune
    Tóquio (Japão) – MikimotoGallery

    1989 – IslesurSorge – Galerie Annie Lagier; Porto Alegre RS – Galeria Tina Zappoli; Rio de Janeiro RJ – Individual, na Galeria Tríade; Belo Horizonte MG -Galeria e Escola de Arte Gesto Gráfico; São Paulo SP – Gabinete de Arte Raquel Arnaud; Ribeirão Preto SP -Itaú Cultural

    1990 – Bruxelas (Bélgica) – FondationCarcan; Skelleftea (Suécia) – GaleriePinaxChambéry (França) – Musée d’Art et d’Histoire

    1991 – Paris (França) –Artcurial; Paris (França) – Galerie La Hune; Fortaleza CE – Individual, no Centro de Artes Raimundo Cela – Palácio da Abolição

    1992 – Nice (França) – GalerieMatarasso; La Coruña (Espanha) -Centro de Grabado Contemporâneo; Seul (Coréia do Sul) – YonGallery

    1993 – Seul (Coréia do Sul) – Foire d’Art; Calais (França) – Galerie Hélios; Córsega (França) – Penta diCasinca; São Paulo SP – MAM/SP

    1994 – IslesurSorgue (França) – Galerie Annie Lagier; Wuppertal (Alemanha) – GalerieBraun; Tóquio (Japão) – MikimotoGallery

    1995 – Paris (França) – Artcurial / Troisdorf (Alemanha) – GalerieDonath; Paris (França) – Maison de l’Amerique Latine;

    1996 – IslesurSorgue (França) – Galerie Annie Lagier; Bruxelas (Bélgica) -GalerieSynthèse; Paris (França) – Piza: gravures à lagouge; 1989-1996, na Galerie La Hune; São Paulo SP – Individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud

    1997 – Paris (França) – GaleriedesLumières; Bayeux (França) – LesCunéiformes et Arthur Luiz; Piza, no Musée Baron Gerard

    1998 – São Paulo SP – Piza: trabalhos recentes, no Instituto Moreira Salles; Lisboa (Portugal) – Galeria 111; San Juan (Porto Rico) – Instituto de Cultura Puertorriquenã; Colmar (França) -Centre CulturelLezard

    1999 – Porto (Portugal) – Galeria 111 ; Paris (França) – Galerie Jeanne Bucher; Poços de Caldas e Belo Horizonte MG – Piza: trabalhos recentes, no Instituto Moreira Salles

    2000 – Rio de Janeiro RJ – Piza: trabalhos recentes, no Instituto Moreira Salles

    2001 – IslesurSorge (França) – Galerie Annie Lagier

    2002 – Fundação CalousteGulbenkian, Lisboa, Portugal; Atelier Georges Leblanc, Paris, França

    2004 – Galeria Murilo de Castro, Belo Horizonte, Brasil; Galeria Gestual, Porto Alegre, Brasil; Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, Brasil

    2005 – Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil; Galerie Jeanne Bucher, Paris, França; Galeria 111, Lisboa, Portugal; Belo Horizonte (Brasil) Galeria Murilo Castro

    2006 – Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil; Banco Real-Amro, São Paulo, Brasil; Instituto Moreira Salle, Belo Horizonte, Brasil; Instituto Moreira Salles, Poços de Caldas, Brasil

    2007 – Galerie Annie Lagier, L’Isle-sur-la-Sorgue, França; The India Habitat Center, Nova Delhi, Índia

    2008 – Galerie 22 A, Insbruck, Áustria; Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil

    2010 – Gustavo Rebello Galeria de Arte, Rio de Janeiro, Brasil

    2011 – São Paulo (Brasil) Galeria de Arte Raquel Arnoud

    2012 – Paris (França) Galeria Jeanne-Bucher– Paris

    Exposições Coletivas

    1957 – Liubliana (Iugoslávia, atual Eslovênia) – Exposição Internacional de Gravura

    1959 – Kassel (Alemanha) – 2ª Documenta; Munique (Alemanha) – Arte Moderna Brasileira na Europa

    1960 – Jerusalém (Israel) – 12 Artistas Brasileiros, no BezalelMuseumJerusalen; Paris (França) – SalonRéalitésNouvelles

    1961 – Liubliana (Iugoslávia, atual Eslovênia) – 4ª Exposição Internacional de Gravura – premiado ; Amsterdã (Holanda) – Coletiva, no StedelijkMuseum
    Paris (França) – Le Relief, na Galeriedu XX SiècleGrenchen (Suíça) – Trienal de Grenchen – prêmio gravura

    1962 – Paris (França) – École de Paris, na GalerieCharpentier

    1963 – Paris (França) – 7 ArtistesBrésiliens de L’École de Paris ; Kristianstads (Suécia) – Coletiva, no KristianstadsMuseum

    1964 – Paris e St. Etienne (França) – Cinquante Ans de Collage, no Musée des Arts Décoratifs; Paris (França) – Salão de Maio; Paris (França) – Salon de La Jeune Gravure Contemporaine

    1965 – Havana (Cuba) – Exposição Internacional de Havana – prêmio gravura

    1966 – São Paulo SP – Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP; Havana (Cuba) – Pinturas da América Latina, na Casa de las Américas

    1967 – Vancouver (Canadá) – Vancouver International Print

    1968 – Saint Paul de Vence (França) – ArtVivant 1965-1968, na FondationMaeght

    1969 – Liubliana (Iugoslávia, atual Eslovênia) – Exposição Internacional de Gravura

    1970 – São Paulo SP – A Gravura Brasileira, no Paço das Artes; St. Etienne (França) – ItinérairesBlancs, no Musée d’Art

    1971 – São Paulo SP – 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; Nuremberg (Alemanha) – Graphik der Welt

    1972 – São Paulo SP – Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio

    1974 – São Paulo SP – 6º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; Angers (França) – Coletiva, na École de Beaux-Arts; Marseille (França) e Helsinski (Finlândia) – Manufacture de Sèvres, no PalaisduCongrès e Musée Amos Andersons; Paris (França) – SalonRéalitésNouvelles

    1976 – Seul (Coréia do Sul) e Leningrado (UniãoSoviética, atual Rússia) – CéramiquesFrançaises, no Musée d’ArtModerne e no Musée de l’Ermitage.
    São Paulo SP – O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado

    1978 – Rijeka (Iugoslávia, atual Croácia) – Exposição Internacional de Desenho; Curitiba PR – 1ª Mostra Atual de Gravura da Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade – prêmio aquisição; São Paulo SP – As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall; Christchurch (Nova Zelândia) – Festival Internacional de Desenho

    1979 – Paris (França) – L’EstampeAujourd’hui, na BibliothèqueNationale

    1980 – Noruega – Bienal da Gravura – prêmio do júri; Paris (França) – LesMétiers de l’Art, no Musée des Arts Decoratifs; Rio de Janeiro RJ – Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici

    1981 – Liubliana (Iugoslávia, atual Eslovênia) – Exposição Internacional de Gravura (a partir de 1957)

    1982 – Kyoto (Japão) – Kyoto InternationalArt; Estolcomo (Suécia) e Oslo (Noruega) – Manufacture de Sèvres, no NationalMuseum e no Kunstindustimuseet; Paris (França) – Peintres-graveursFrançais, na Biblioteca Nacional

    1983 – Compiègne e Amiens (França) – 100 Artistes d’Amerique Latine, no Centro Cultural de Compiègne e na Casa da Cultura de Amiens
    Paris e Besançon (França) – L’Amerique Latine à Paris, no Grand Palais e no Centro Cultural P. Payle

    1984 – Ribeirão Preto SP – Gravadores Brasileiros Anos 50/60, na Galeria Campus – USP – Banespa; Porto Alegre RS – Gravuras: uma trajetória no tempo, no Cambona Centro de Arte; São Paulo SP – Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

    1985 – São Paulo SP – 100 Obras Itaú, no Masp ; Paris (França) – 1ª Exposição Européia de Criação, no Grand Palais; Rio de Janeiro RJ – 8º Salão Nacional de Artes Plásticas – Salão Preto e Branco, no MAM/RJ; São Paulo SP – Artistas Latino-Americanos de Paris, no MAC/USP; São Paulo SP – Destaques da Arte Contemporânea Brasileira, no MAM/SP

    1986 – Fortaleza CE – 1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, na Fundação Demócrito Rocha; Roma (Itália) – America Latina, no Instituto Italo-Latino-Americano; Paris (França) – Peintres-graveursFrançais, na Biblioteca Nacional (a partir de 1982) ; Compiègne e Noyon (França) – Pour Une AutreGravure, no Centro Cultural de Compiègne e Centro Cultural de Noyon

    1987 – São Paulo SP – 18º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo SP – As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
    Telaviv (Israel) – Panorama da Escola Francesa Contemporânea; Asnières-sur-Siene (França) – Pour Une AutreGravure, no Petit Théâtre

    1988 – Rio de Janeiro RJ – 2ª Abstração Geométrica, na Fundação Nacional de Arte; Lisboa (Portugal) – Visões Latinas, na União Latina

    1989 – Rio de Janeiro RJ – Geometria sem Manifesto, no Gabinete de Arte Cleide Wanderley ; Rio de Janeiro RJ – Gravura Brasileira: 4 temas, na EAV/Parque Lage; Landskrona (Suécia) – Coletiva, no LandskronaKonsthall

    1990 – São Paulo SP – 21º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; Curitiba PR – 9ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, no Museu da Gravura
    Freshen (Alemanha) – International Exhibition of GraphicArts; Alemanha – LateinAmericanischerKunst; Brasília DF – Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no MAB/DF

    1991 – São Paulo SP – A Mata, no MAC/USP; São Paulo SP – Homem e Natureza, no MAC/USP

    1992 – Noruega – Trienal da Noruega (a partir de 1972) ; Paris (França) – Art d’Amerique Latine: 1911-1992, no Centre Georges Pompidou; Poços de Caldas MG – Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura; São Paulo SP – Branco Dominante, na Galeria de Arte de São Paulo; Rio de Janeiro RJ – Gravura de Arte no Brasil: proposta para um mapeamento, no CCBB; Paris (França) – SalonRéalitésNouvelles (e de 1960 a 1974)

    1993 – São Paulo SP – A Arte Brasileira no Mundo, uma Trajetória: 24 artistas brasileiros, na Dan Galeria; Zellik (Bélgica) – GroupeRoularta, no Research Center; França – L’Art de laGravure, no Château de Reviers; Paris (França) – Peintres-graveursFrançais, no OrangerieduLuxembourg

    1994 – Poços de Caldas MG – Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura de Poços de Caldas; São Paulo SP – Memória da Liberdade, na Pinacoteca do Estado; São Paulo SP – Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi

    1995 – Rio de Janeiro RJ – Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, no MAM/RJ; Paris (França) – Salon de la Jeune Gravure Contemporaine (a partir de 1964); Paris (França) – SalonRealitésNouvelles

    1996 – São Paulo SP – Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP

    1997 – Kagawa (Japão) – InternationalGraphicArtExhibition, na Sakaide City Museum of Art; Paris (França) – Salão de Maio (a partir de 1964)

    1998 – São Paulo SP – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP

    1999 – Rio de Janeiro RJ – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ; Paris (França) – Fran SalondesPeintres et GraveursFrançais, Miriedu 6 ArrodArrodissent; Rio de Janeiro RJ – Mostra Rio Gravura: Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA, e Coleção Mônica e George Kornis, no Espaço Cultural dos Correios; Paris (França) – Salão de Maio; Paris (França) – Salon de JeuneGravureContemporaine, Miriedu 6 ArrodArrodissent

    2000 – São Paulo SP – Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP; São Paulo SP – Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural

    2001 – Penápolis SP e Brasília DF – Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural  ; Paris (França) – Salão de Maio

     2002 – Le signe et lemarge. Muséed’Artmoderne Richard Anacréon, Granville, França

    2004 – La créationcontemporaine. Manufacture de Sèvres, Campredon; Maison René Char, L’Isle-sur-la-Sorgue, França; Salon de Mai. Paris, França
    Gravura contemporânea. Mairiedu 6ème, Paris, França

    2005 – Salon de Mai. Paris, França; Gravura contemporânea. Paris, França; Salon des Peintres – Graveurs Français. Paris, França; Bienal de Sarcelles. Sarcelles, França; Bienal do Mercosul. Porto Alegre, Brasil

    2007 – SalondesPeintres-GraveursFrançais. Paris, França; Salon de Mai. Paris, França

    2008 – ARCO (Feira de arte contemporânea). Madri, Espanha; Festival da Gravura. Diekirch, Luxemburgo; Salon de Mai. Paris, França; Salon des Peintres-Graveurs Français. Paris, França; Salon de Mai. Paris, França

    2009 – FIAC (FoireInternationale d’ArtContemporain). Paris, França; 14e Bienal de laGravure de Sarcelles. Sarcelles, França; JGC GravureContemporaine (80° aniversário). Paris, França; Le signe et lamarge. Fondation Taylor, Paris, França; Salon de Mai. Paris, França

    2010 – Salon de Mai. Paris, França; EstampArt 77. Val de Loing, França

    Site do Artista

    Não disponível

  • Seleção de Imprensa

    Não disponível